Recorrer à história quando se observam ameaças às liberdades democráticas ajudaria a não darmos espaço a figuras que representam esse risco. Bolsonaro é uma dessas figuras. Naturalizou um discurso de ódio contra negros, mulheres, educadores e população LGBTQI+ e, com isso, incentivou a violência contra essas pessoas. É claro que a esquerda, e tudo que possa lembrar a luta socialista e as organizações dos trabalhadores, também é atacada. Seus apoiadores reverberaram a postura do presidente, protagonizando atos violentos contra esses setores sociais, suas ideias, representações e até contra suas vidas. Pareciam seguros de que imporiam o autoritarismo sem reações.
Roberto Robaina com Fernanda Melchionna em ato contra o fascismo, o racismo e Bolsonaro.
Estavam errados. Quando apoiadores de Bolsonaro atacavam instituições, distribuíam criminosamente notícias falsas, desqualificavam a educação e a ciência e se encorajavam ao absurdo, tomamos as ruas para mostrar que o fascismo, o racismo e o autoritarismo falso moralista enfrentariam resistência. Mostramos que as ruas não são deles, promotores do ódio e do irracionalismo, oportunistas e covardes que voluntariamente se colocam a serviço do discurso tirano. Sobre esses movimentos, vale a leitura do livro “Psicologia das Massas”, de Wilhelm Reich.
Na Câmara Municipal, nosso mandato foi a principal voz contra as ideias autoritárias de Bolsonaro. Também fomos oposição a Marchezan, que, num grau diferente, ainda assim permite que a lógica antipopular se imponha. Fomos às ruas para defender as lutas do povo e os direitos. Fomos e somos maiores do que o retrocesso e o obscurantismo. Somos a resistência!