Às vésperas de completar 20 anos, a Ocupação Dois de Junho, organizada em um prédio de 12 andares na Avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, está dando um passo importante para garantir a moradia regular das cerca de 50 famílias que vivem no local. Na terça-feira (7), a Cooperativa Habitacional 2 de Junho, formada […]
Às vésperas de completar 20 anos, a Ocupação Dois de Junho, organizada em um prédio de 12 andares na Avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, está dando um passo importante para garantir a moradia regular das cerca de 50 famílias que vivem no local.
Na terça-feira (7), a Cooperativa Habitacional 2 de Junho, formada pelos moradores, e representantes do Estado, dono do imóvel que pertenceu ao IPE, participaram de audiência no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).
No encontro, o governo estadual
sinalizou a possibilidade de aquisição do imóvel por parte da cooperativa.
Ficou acertado que os moradores farão o laudo estrutural e o governo se
encarregará da avaliação do imóvel. Todos demonstraram também a intenção de dar
início ao REURB, um instrumento jurídico com um conjunto de normas e
procedimentos para retirar núcleos urbanos da informalidade.
Eu e a deputada estadual Luciana
Genro acompanhamos de perto essa luta e estivemos na ocupação para saber, junto
aos moradores, os desdobramentos dessa audiência. As partes envolvidas terão
nova audiência no Cejusc em setembro e, nesta quinta-feira (8), participam de
audiência pública no Ministério Público para buscar mais apoio a essa causa.
A Ocupação 2 de Junho começou em 1999 sob o comando de mulheres de policiais da Brigada Militar, à época em luta por melhores salários e condições de trabalho de seus maridos, após a greve da categoria em 1997.