Ambulatório Trans abre as portas para atendimento

Um espaço de acolhimento à população LGBTQI+ abriu as portas na Unidade de Saúde Modelo. É o Ambulatório Trans, voltado ao atendimento e ao acolhimento dessas pessoas, muitas vezes excluídas do sistema de saúde em razão do preconceito e da falta de informação. No primeiro ano de meu mandato como vereador, apresentei uma indicação para […]

8 ago 2019, 12:08 Tempo de leitura: 2 minutos, 31 segundos
Ambulatório Trans abre as portas para atendimento

Um espaço de acolhimento à população LGBTQI+ abriu as portas na Unidade de Saúde Modelo. É o Ambulatório Trans, voltado ao atendimento e ao acolhimento dessas pessoas, muitas vezes excluídas do sistema de saúde em razão do preconceito e da falta de informação.

No primeiro ano de meu mandato como vereador, apresentei uma indicação para a construção do ambulatório. Aprovei a indicação na Câmara dos Vereadores, e a Secretaria Municipal da Saúde respondeu de modo positivo. Depois, consegui aprovar emenda de R$ 200 mil e, no ano seguinte, outra de R$ 100 mil em defesa dessa causa. A verba de R$ 100 mil, segundo a assessora técnica de saúde integral LGBT da secretaria, Simone Avila, deve ser empregada nos tratamentos com hormônios. Tenho orgulho de contribuir para essa política pública.

Na inauguração simbólica da tarde desta quarta-feira (7), a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) aproveitou para entregar à Simone o relatório final da Comissão Especial para Análise da Violência contra a População LGBT, criada e presidida por ela na Assembleia Legislativa. É um documento que referenda a necessidade de um espaço adequado de atendimento a esse público.

É claro que a abertura do Ambulatório Trans não escapou do preconceito. Muitas pessoas questionaram a validade de um local específico para atendimento dessas pessoas. Talvez porque desconheçam as queixas de travestis e transexuais que procuram atendimento e encontram toda forma de discriminação e violação de direitos, como o de ser chamado por seu nome social. Também há relatos de que a homossexualidade ainda é tratada por alguns profissionais como doença.

Vale lembrar que pesquisadores da área de saúde e bem-estar apontam que ainda se pensa que a principal causa de adoecimento dessa população tem a ver com infecções sexualmente transmissíveis, quando, na verdade, de acordo com dados da OMS, essas pessoas sofrem mais em razão de sua saúde mental e da exclusão social.

Outro ponto é que o acolhimento às pessoas LGBTQI+ no posto Modelo representou uma ampliação do uso da estrutura. O coordenador da unidade de saúde, Francisco José Trotta Mazzuca, explicou que o espaço para atendimento já existia, mas não era utilizado nos horários em que o Ambulatório Trans atenderá. Ou seja, aumentou-se a utilidade do prédio.

É uma vitória para a saúde pública, para a população LGBTQI+, para os direitos humanos e também para mim como parlamentar, porque vislumbro uma possibilidade real de ver minha emenda virar algo efetivo para a população. Vida longa ao Ambulatório Trans!

Serviço

>> Funcionamento todas as quartas-feiras, das 17h30min às 21h30min.
>> Agendamento de consultas pelo WhatsApp (51) 9938-3572

Ao lado da presidenta da IgualdadeRS – Associação de Travestis e Transexuais do RS, Marcelly Malta, e da deputada estadual Luciana Genro, durante abertura do Ambulatório Trans