Socialismo ou barbárie na história do nosso tempo
O PSOL escolheu meu nome para disputar o Senado. Farei esta campanha com muita determinação. Minha formação no Marxismo revolucionário me ensinou a não confiar nas instituições do parlamento burguês e a depositar energias para estimular a mobilização independente da classe trabalhadora. As massas populares, ainda que uma parte importante não acredite nas instituições, não […]
6 jul 2022, 10:40 Tempo de leitura: 1 minuto, 51 segundosO PSOL escolheu meu nome para disputar o Senado. Farei esta campanha com muita determinação. Minha formação no Marxismo revolucionário me ensinou a não confiar nas instituições do parlamento burguês e a depositar energias para estimular a mobilização independente da classe trabalhadora. As massas populares, ainda que uma parte importante não acredite nas instituições, não estão organizadas nem mobilizadas e muito menos têm alternativa positiva capaz de apontar uma nova institucionalidade democrática. E as parcelas que acreditam na luta política, em sua maior parte, têm como eixo das mudanças a lógica eleitoral.
A fase parlamentar da luta política não foi superada. Por isso, a participação na disputa é fundamental. Apontar a necessidade de um programa econômico e social para o país que indique claramente que a saída para a crise atual e a catástrofe que nos ameaça passa por taxar as grandes fortunas, romper o pagamento da dívida pública para os grandes capitalistas, não reconhecendo sua legitimidade, renegociar as dividas de milhões de brasileiros que estão sem crédito, além de realizar a reforma agrária e adotar um plano de obras públicas que garanta empregos e salários.
Tudo isso apenas pode ser realizado com muitas lutas sociais, com o povo na rua, mobilizado e defendendo seus interesses. A derrota da extrema direita na Colômbia foi conquistada assim. Foi numa disputa eleitoral, mas cujo resultado apenas se explica pela greve geral e pelos protestos de rua do ano passado. Assim ocorreu também no Chile e na Bolívia, onde um golpe pró-imperialista foi derrotado por uma insurreição indígena, camponesa, mineira e juvenil.
As mudanças em uma perspectiva de expropriação dos expropriadores, como defendia Marx, ainda não foram verdadeiramente pautadas pelos governos desses países, mas o caminho trilhado pelas ações de massas aponta nessa direção. É avançar ou perder. Em termos históricos, a disjuntiva segue sendo a apontada por Rosa Luxemburgo: socialismo ou barbárie. E trata-se da história de nosso tempo presente, de nossa matéria atual.