A crise da saúde tem um nome: Marchezan
Sem encontrar portas abertas para o diálogo na prefeitura, os servidores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) retornaram à Câmara Municipal nesta quarta-feira (9) para buscar apoio dos vereadores à indicação que fiz ao Executivo de tornar o instituto uma empresa pública, preservando o emprego de mais de 1,8 mil pessoas. […]
9 out 2019, 11:56 Tempo de leitura: 1 minuto, 30 segundosSem encontrar portas abertas para o diálogo na prefeitura, os servidores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) retornaram à Câmara Municipal nesta quarta-feira (9) para buscar apoio dos vereadores à indicação que fiz ao Executivo de tornar o instituto uma empresa pública, preservando o emprego de mais de 1,8 mil pessoas.
Além do meu apoio desde sempre a essa luta, os trabalhadores encontraram também suporte na presidente da Câmara, Mônica Leal, que deve levar às lideranças da Casa as reivindicações do SindiSaúde.
Tudo isso ocorre já em um ambiente de greve, atitude motivada pelo total desrespeito do prefeito Marchezan com os trabalhadores que estão à frente do atendimento da população em quase 80 postos de saúde, em regiões onde as carências de serviços são brutais.
O mais revoltante é que, ao mesmo tempo em que os trabalhadores clamam por um encontro direto com o prefeito, ele lança uma nota em que joga as responsabilidades do fechamento do Imesf na decisão do STF – como se não houvesse caminhos para resolver a questão sem que se tenha de privatizar a saúde – e ainda ataca os sindicatos e trabalhadores.
A decisão do STF foi comemorada por Marchezan, porque agiliza o projeto do prefeito de entregar a saúde de Porto Alegre à iniciativa privada, sob o pretexto de uma obediência judicial. Há caminhos para o Imesf, mas o prefeito não está interessado nesta discussão. Como é praxe em seu governo, ataca os funcionários públicos e evita dialogar com a diversidade de ideias. Se está posta uma crise na saúde da Capital, ele é o responsável.